6 álbuns que marcaram e uma decepção

Falta de tempo, motivo recorrente causador da lenta velocidade nas postagens por aqui. Todo mundo reclama desta bendita falta de tempo pra tudo: falar com os pais, ver os amigos, ir ao cinema, até deixar de comer bem pode ser ocasionado pela velocidade dos ponteiros do relógio. Porém, há coisas que não permitimos que a falta de tempo interfira como respirar ou piscar os olhos. É impossível parar de inspirar para carregar uma pilha de documentos ou não piscar os olhos para ler um relatório mais rapidamente.

Com as devidas proporções, uma coisa que sempre dou um jeitinho de fazer mesmo na correria é ouvir uma boa música. Com meu mp3 na mochila abasteço minha carga diária de bom som em qualquer lugar, das paradas de ônibus às filas de banco.

Há pouco mais de um mês recebi um convite do meu "amico" Tiago Caetano para participar de um meme irrecusável. Nele devo citar 6 álbuns marcantes em minha vida e uma decepção, tarefa difícil pela quantidade de coisas que gosto muito de ouvir e também por ter que eleger uma tragédia musical. Tentei me basear por fatos para equalizar a longa lista, divirta-se com as indicações!

Last Action Hero

Capa Album Last Action Hero
O primeiro CD da minha coleção é uma trilha sonora  (e que trilha!), na época que o comprei minha audioteca era composta somente por fitas K7. Megadeth, Alice in Chains, Aerosmith, Anthrax e outros que formam o track list de peso do álbum, eram algumas das bandas que copiei nas famosas fitas UX. A principal razão pela escolha do disco foi a primeira faixa, Big Gun do AC/DC. Acredito ser a única composição da banda que nunca foi lançada em um dos álbuns de sua discografia. Além do valor sentimental, presente da minha nona, a escolha deste para o Top 6 declara minha persona cinéfila vidrada em trilhas de filmes. Além de descobrir muita coisa diferente, Sigor Rós é um exemplo perfeito, costumo memorizar as cenas dos filmes pelas músicas. Alguém mais faz isso?

Highway to Hell

Capa álbum Highway to Hell
Esta foi uma escolha complicada, impossível deixar o AC/DC de fora da minha lista, ainda mais eleger um álbum para representá-lo! Me considero um fã da banda (não como estes), tenho todos os discos, fui a um show e quero ir a outro este ano. A fase que mais gosto da banda é a de Bon Scott. Ouço todos os discos com o velho Bon a frente ao menos uma vez por semana. Highway to Hell me marcou por ser a trilha sonora de instantes que antecedem momentos decisivos. De preleção a finais de campeonatos (dos tempos de basquete) a dias de provas (principalmente os vestibulares). Highway to Hell, If you want Blood e Night Prowler simplesmente levantam defuntos!

MTV Unplugged in New York

Capa Album Nirvana Unplugged In New York
Me considero filho da geração Kobain, Nevermind e In Utero cultivam muitas lembranças de uma época inesquecível. O álbum acústico foi uma prova de que o Nirvana também conseguia tocar suas músicas ao vivo (entenda isso aqui). Impossível contar quantas vezes escutei este disco pois tirei todas as músicas na época que aprendi a tocar violão. Eu e meu brother Bud tocávamos de About a Girl a Where Did You Sleep Last Night todas as tardes em nosso estúdio improvisado na casa dele.

The Best of Blue Note

Capa Album The Best of Blue Note
Este disco é uma prova de que é possível comprar coisas maravilhosas do balaio das lojas Americanas. Há muito tempo meu pai  encontrou lá esta jóia, pagou uma miséria e tempos depois peguei o disco lacrado em sua prateleira. Quando rasguei o plástico e comecei a escutá-lo minha cabeça se abriu para o Jazz, e como é bom! O disco é sensacional em seus 72 minutos: abre com Blue Train, dá uma tranquilizada com Cristo Redentor  e encerra no embalo com Sidewinder. Até então não suportava aquela "barulheira", me faltava maturidade para viajar nos improvisos de John Coltrane e toda aquela turma.

Push the Button

Capa Album Push the Buttom
Minhas primeiras incursões no mundo da música eletrônica foram na época em que Prodigy, Fat Boy Slim e Chemical Brothers reinavam com o estilo drum'n'bass. Naqueles tempos em qualquer festa rolava um Smack my Bitch Up (melhor clipe de todos os tempos), um The Rockafeller Skank e um Hey Boy, Hey Girl para pirar o cabeção da galera. A partir deles comecei a pesquisar muita coisa eletrônica e conheci caras como Fluke, Daft Punk, Paul van Dyke, Massive Atack, Crystal Method e muitos outros. Push the Buttom do Chemical Brother foi o primeiro álbum eletrônico que ouvi inteiro, do começo ao fim, muitas vezes! Galvanize e The Boxer abrem o disco arrasando, Hold Tight London me faz viajar muito (fonte de inspiração).

O Dia em que Faremos Contato

Capa Album O Dia em que Faremos Contato
Certa vez meu "Kunha" apareceu com o cd Lua MTV e nele tinham duas faixas de um cara chamado Lenine, tocava um violão incrível. Uma das músicas chamava-se Jack Soul Brasileiro, dizia assim no refrão:

E diz aí Tião!
Tião! Oi!
Foste? Fui!
Compraste? Comprei!
Pagaste? Paguei!
Me diz quanto foi?
Foi 500 reais
Me diz quanto foi?
Foi 500 reais

Daí pra frente Lenine caiu na minha vida, fui atrás de tudo que ele tinha feito, estive em três shows dele e assim como o AC/DC faço questão de ter TUDO que ele lança em minha coleção. O Dia em que Faremos Contato foi escolhido para representar esta importância que dou ao cara por conta da faixa Hoje eu Quero Sair Só, meu catalizador de idéias. Uma versão sensacional foi gravada em Curitiba ano passado, na turnê Labiata.

Fly on the Wall - A decepção

Capa Album Fly on the Wall
É o fundo do possopoço da era Brian Johnson, não dá sequer para taxar uma faixa de tragédia ou mais ou menos, o disco inteiro é lixo inexpressivo. A produção é trash, as letras são péssimas, criatividade zero... É duro dizer isso para um trabalho de uma banda que se gosta tanto mas essa é minha maior decepção no mundo musical.


A idéia do Thiago era que o meme fosse indicado para 5 amigos darem continuidade a brincadeira, achei melhor deixar que os amigos se indiquem de acordo com sua disponibilidade. Basta deixar no comentário um link para o post que faço um [UPDATE] com ele.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Posso???

Sebas disse...

Pode!

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